domingo, 13 de novembro de 2011

Sunday Storm - 13-11-2011

Está concluído o meu 2º Sunday Storm ...

O resultado não foi o desejado, esperava novamente fazer ITM, mas fiquei satisfeito da maneira como joguei com excepção de uma jogada.

Deixo o print com a minha classificação final e tempo de jogo.




Fica também o replay das 19 jogadas em que participei e tiveram acção por parte dos outros jogadores.







Análise:

1ª mão (33 – MP1): Call para set minning, que bate, e depois foi tentar extrair o máximo que pude do SB.

2ª mão (AKo – UTG+1): O limper inicial não me interessou muito porque a "linha" limp call, por norma, não corresponde a grande mão ou ele até poderia ter feito o open limp em trap mas teria de tribetar em cima do meu raise e do flat call para evitar perder grande parte da equidade da mão ao defrontar 2 adversários. O flop é completamente seco pelo que, depois do esperado check do limper, tentei a Cbet que não passou … a partir daí o plano é Check/Fold a não ser que bata o A ou o K.

3ª mão (T4o - BB): Sem história … com o 4 no turn não senti qualquer necessidade de semi-bluffar no river, para recolher o pote, uma vez que podia estar na frente com o meu 3º par.

4ª mão (AQs - BU): Como ainda não tinha qualquer imagem do adversário e ía jogar a mão em posição optei por apenas pagar o mini-raise e não descontrolar o pot com uma mão boa mas não monstruosa. Uma vez que o vilão betou em todas as streets fui fazendo apenas call e não tentei extrair no River porque ele podia, perfeitamente, seguir esta linha de apostas com um second pair, ou até mesmo AT e tentar a trap, com check/raise no river, para extrair 2 apostas, caso eu pagasse.

5ª mão (J9o - BB): Com open ended no turm e com a possibilidade do vilão ter tb um 9 e de o stackear no caso de bater o T, paguei a aposta que acabou por inibir o Bluff no River e me entregar o pot.

6ª mão (34s - BU): Com uma mão especulativa, facílima de jogar pós-flop, com as ótimas pot odds que me ofereceram, ainda por cima em posição, fiz limp para me juntar à festa. Aproveitando a posição, a passividade dos adversários, já que foi um dos motivos para o call, e a possibilidade de melhorar a mão se é que já não estava na frente, decidi semi-bluffar no Flop e fui pago apenas por um jogador que, a meu ver, se tivesse a melhor mão naquele momento já devia ter apostado para proteger a mesma … no turn decidi não bluffar porque o vilão podia estar a deixar-me tomar a iniciativa da mão para me check/raisar e decidi ver checkar behind e eixar as decisões para o river com toda a informação na mão. Neste, o adversário não extraindo valor é porque estava definitivamente atrás, penso que ele não arriscaria novo check behind da minha parte e perder valor de um Top Pair, pelo que decidi simular uma value bet para perder o mínimo no caso de receber call ou raise, ou expulsa-lo da mão se não tivesse melhorado um qualquer draw (aposto em AT), tal como aconteceu.

7ª mão (33 - BB): As pot odds, e implied odds, para set minning eram irrecusáveis. Não acertando o plano é simples, C/F até o river.

8ª mão (KK – MP1): Com KK na mão e já com dois limpers o plano ideal é isolar um jogador na mão para não perder muita da equidade da mão … agora analisando, e já com dois limpers, acho que devia ter raisado bem mais forte mas achei os limps tão weaks que os expulsava da mão com qq raise e 4x pareceu suficiente … por outro lado também não podia exagerar na aposta porque precisava que pelo menos um viesse comigo ou perdia valor de uma mão tão boa. A minha intenção era, não batendo A no board ou 3 cartas de ouros ou paus apostar por valor até ao River … neste só não percebi o Bluff do vilão (que parecia competente) comigo a mostrar força em toda a mão e completamente comprometido com o Pot … claro que se ele tivesse acertado um set era um cooler tremendo mas não largaria, nunca, a pensar nisso.

9ª mão (QQ - SB): Um 70-30 standard.

10ª mão (88 - BU): Numa primeira fase o plano era jogar para set minning e não batendo largaria tranquilamente. Mas a board estava tão carregada de draws e achei a bet do vilão tão weak (1/4 do pot) que decidi fazer call e simular que estava em draw para o caso de um se concretizar, especialmente o flushdraw, poderia blufar no turn e levar o pot … o J de paus é a carta perfeita porque completa um possível flush ou straight. Depois do check do vilão tudo parecia conduzir para o resultado que planeara e fiz uma value bet para parecer que estava mesmo a tentar extrair valor do meu draw completo mas o vilão, que se calhar nem percebeu o que eu estava a tentar representar, pagou e deitou por terra a minhas aspirações. No River já não tive tanta coragem para mandar um segundo barril e, depois de novo check do vilão, havia ainda a hipótese de estar na frente pois poderia ter ele falhado um draw e o meu par bater um Qx qualquer… infelizmente ele tinha set porque se assim não fosse acho k teria largado o 99 no turn para a minha aposta.  

11ª mão (44 – HJ): Joguei para set minning, depois do vilão com 10k entrar na mão, caso contrário largaria por ausência de implied odds. Não batendo easy fold.

12ª mão (KTs - CO): Estando em posição achei que a mão era boa para isolar o limp, que entrava na maioria dos potes e o flop foi de sonho. Uma vez que ele tomou a iniciativa de donkar, só teria de me preocupar com um possível flushdraw mas penso que nessa situação ele fazia check com 2 jogadores ainda na mão, optei por apenas fazer call para esconder o K. No turn, ao dobrar o 8, fiquei com o second nuts e o flush deixou de me preocupar daí ter feito check behind com intenção de o deixar bluffar no river. Neste, ao aparecer uma completa blank, o vilão aposta menos de meio pote e eu decidi encostar todas para verdadeiramente esconder o meu Full máximo. Se fizesse raise para, digamos, 3000 fichas ficaria com um pote de 8k e com 4500 para tras … completamente comprometido com um possível all-in do vilão por disso, na esperança que ele tivesse um 8 ou um A, decidi encostar todas e tentar representar um A high como se estivesse a roubar o pote ao invés de o ter de dividir … não resultou, mas acho que consegui uma extra bet com o check no turn. A meu ver ele tinha um par inferior ao 88 que perdeu todo o valor com a entrada no segundo 8 para a mesa.

13ª mão (28o - BB): Quando o vilão faz complete e check no flop por norma aposto 1/3 do pote, desde que esteja bem de fichas e não esteja contra um bom jogador que pode estar em trap, para tentar roubar o pote e parecer uma pequena value bet.

14ª mão (KQo - HJ): Mão de força média, em boa posição para roubar as blinds e antes, Raise e C-bet numa Board sem scary cards e depois do check do vilão. Jogada standard quando a minha imagem está limpa.

15ª mão (AQs - BB): Excelente mão para defender a minha Big Blind e impor algum respeito na mesa. O flop não ajudou, mas aos adversários aparentemente também não, e o turn dá-me 9 outs para o Nuts e mais três quadras para o second Nuts. O vilão da-me pot odds superiores a 3 para 1, mais as implied odds, pago a aposta e acerto o flush no river dando a possibilidade de straight ao vilão caso tenha um A ou 6 na mão. Fiz check, como faria se tivesse o A ou 6 e tivesse ficado com medo do possível flush, à espera da aposta do vilão para o raisar mas este, com um set de K de alguma forma apercebeu-se do que eu estava a fazer e decidiu fazer Check behind. Mas o que não entendi foi porque, já que estava com medo do meu flush e ou straight, porque não apostou mais no turn para proteger o set … acho que o meu azar foi ter saído a única carta que completava os 2 draws, em simultâneo, e não teria extraído qualquer com uma value bet. Ainda assim tive oportunidade de ver o quanto tight o jogador era (mas que infelizmente não aproveitei na 17ª mão).

16ª mão (A5s - BB): Mão especulativa boa para defender a Big Blind, e excelentes implied odds tendo em conta a stack do vilão. O flop não ajuda para fazer grandes filmes e o vilão mostra logo que não está ali para brincar, easy fold.

17ª mão (55 - SB): No limiar das implied odds para set minning daí o meu cal. Saem 3 overcards e com a Cbet do vilão easy fold. Devia ter largado a mão quer pelas implied odds não serem as melhores, afinal era o tight do set de K, e por ter 2 shorts nas blinds que podiam encostar e me obrigavam a sair da mão se o vilão pagasse.

18ª mão (AA – MP2): Mão que me deu cabo do torneio! Em middle position, com os bullets na mão, raiso 2,5x na esperança de ter alguma acção. O tight (acho que nesta altura já me tinha esquecido dele pois o jogo corria bem devagar) dá call em posição e o flop vem carregado de possibilidades de set ou duplo par para o range de cal do vilão. Daí o meu check, mas não consegui deixar de pagar a aposta que agora poderia ser por eu ter mostrado alguma fraqueza. No turn dobra o T, eu volto a checkar e o vilão dá-me pot odds mostrusosas para a mão que tinha. Esta segunda aposta tanto podia ser em trap como para me expulsar de forma barata do pot por estar a demonstrar fraqueza desde o flop. No river é que devia decididamente ter largado … porque ele no fundo foi all in … mas acho que aqui o meu cérebro já tinha entrado em tilt por perceber que os AA tinham ido à vida e não consegui deixar de pagar para ter a certeza que estava batido … na próxima vez estarei mais concentrado porque estava batido para quase todas as mãos com que me pudesse ter dado call no raise pre-flop, excepto para AK (com AQ acho que ele só apostava no flop e depois desistia), na qual depositei todas as minhas esperanças e mais de metade da minha confortável stack. Na próxima vez que ficar desconfiado de uma mão vou largar as cartas e confiar na minha leitura desde o início … afinal é para isso que serve a experiência de jogo … para ver que tinha razão a minha leitura do desenrolar da mão e travar o desastre de imediato.
19ª mão (A7o - HJ): Depois de ter sobrevivido algumas rondas, com alguns roubos bem marginais, esta mão pareceu-me um monstro para encostar as minhas 5 bb´s, tendo em conta que com a minha stack estaria a fazer este move any2 ... mas choquei contra a parede :(

... GG e até domingo :D

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