A solução que ele encontrou para contrariar esta tendência foi, antes de começar cada sessão, fazer a análise de uma mão para, desta forma, não entrar direto nas mesas e dar tempo ao cerebro para se adaptar ao início da atividade.
Este trecho fez-me logo pensar em algo que também já tinha reparado mas que nunca analisei a fundo para perceber se se tratava de algo causado por alguma leak ou apenas uma impressão minha. O que é certo é que quando começo uma sessão de Sit & Go´s, não raras vezes, perco entre 7 a 10 buy in´s sem entrar sequer num ITM. Assim que chego a meio das sessões, naquelas em que o baralho não complica em demasia, começo a fazer ITM´s uns atrás dos outros o que acaba por salvar o resultado final das sessões.
Uma outra sensação que tenho é que no início das sessões tenho de fazer um esforço muito grande para reagir a cada spot e quando passam, digamos, 20 a 30 minutos da sessão, tudo entra num modo tão automático que chego a ficar espantado quando reparo que estou tão deep em certas mesas e não me lembro, de todo, como tripliquei ou quadripliquei a minha stack.
Se bem que a entrada mais tardia nos ITM´s pode ser, como acredito, resultado da variância e com a abertura de mais mesas vou-me desviando dos coolers e bad beats e acabo por ganhar as fichas necessárias para chegar ao dinheiro, a questão relacionada com a falta de ritmo que sinto no início da generalidade das sessões tem toda a lógica ser mesmo devida à necessidade de adaptação do cerebro ao jogo, defendida pelo autor.
Assim sendo, a partir de hoje mesmo, vou passar rever um jogo completo que tenha sido vencido pelo meu treinador no início de cada sessão de grind. O objetivo e vantagem desta pratica, a meu ver, será triplo:
--- Em primeiro lugar vai permitir ao cerebro a adaptação ao jogo apresentada no livro. A minha revisão consiste em, mão a mão, imaginar o que eu faria no lugar do coach antes de ver o resultado da mesma e, desta forma, será como se estivesse eu a jogar o sit e vou ganhando o ritmo necessário;
--- A segunda vantagem é que comparando o que o coach faz com o que eu faria, em cada situação, vou detetando possíveis leaks no meu jogo que com ele poderei mais tarde discutir e eliminar;
--- O terceiro objetivo desta nova rotina, e não sei se não será (para mim) o mais importante, é que ao rever um jogo que foi ganho por nós (enquanto nos colocamos no lugar do jogador) entro na sessão com o espírito vencedor e com a confiança necessária para enfrentar o field e, especialmente, o baralho ...
Uma outra atitude que vou adotar a partir deste momento e que também resultou da leitura do livro, será tentar ao máximo separar o poker da minha vida "real". Para isso vou evitar falar de poker com os meus non-poker friends e família para, desta forma, não os maçar com as minhas histórias que pouco ou nada dizem a quem não é do meio e também para evitar a sobrecarga do meu cerebro com esta temática que, naturalmente, já ocupa a maior parte das minhas sinapses.
Caso estes amigos non-poker, quer por amizade ou por verdadeiro interesse, queiram saber como está a correr a minha "carreira" vou encaminha-los para o Blog porque, afinal, é esse um dos seus objetivos!
Já que falamos da família e dos amigos non-poker, que naturalmente não percebem muito do que realmente este jogo é, aqui fica uma imagem que achei engraçada!
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