MTT Grind - Sábado, 21 de julho de 2012
Tirei este dia para jogar uns torneios. Acabei por ficar quase breakeven e fazer ITM mais relevante num MicroMillions ficando no lugar 530 em mais de 25000.
Aqui ficam algumas das mãos mais interessantes de todos os torneios.
OVERBET (não percebi qual a intenção da aposta mas agradeçi)
FLOAT (meio arriscado pq fiquei commited mas o "A" pareceu-me a carta perfeita)
FOLD (parece que adivinho ... benditos draws que bateram todos)
GUT SHOT or DIE (escolheu morrer :)
BIZARRIÇE DO DIA (pot odds de 4/1 não lhe chegaram? ... só teria uma carta na mão?)
A MINHA ESTUPIDEZ DO DIA (embora bem induzido ao erro)
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Sit&Go´s 18 man - Mãos do mês Janeiro de 2012
Mão de 07/01/2012:
Comentário: Nesta mão joguei para set minning o qual acertei no Flop. Numa board tão coordenada, contra 2 vilões, decidi apostar forte para proteger a mão e tornar caro um possível draw. Uma vez que o draw não se concretizou, nem no Turn nem no River, fui value bettando as streets e qual não foi o meu espanto quando o vilão paga a minha micro value bet no river, pois achei que não pagaria um all-in, com um K high ... sinceramente não percebo uma vez que olhei de imediato para as minhas stats, poderiam estar loose por uma boa sequência de cartas, e registavam 7/3 (wtf ... lol)
Jogo (muito pouco) cooperativo:
Comentário: Como sabem, mas este parceiro aqui parecia não saber, nos sit&go´s quando um adversário cai os restantes jogadores da mesa, por si só, ganham dinheiro ao incrementar a sua equidade em relação aos prémios. Nesta jogada, na qual poderia perfeitamente ter isolado o short, preferi apenas pagar o shove para dar boas odds ao BB a dar call e jogarmos em cooperação para eliminar um jogador. Neste caso específico, com a segunda maior stack da mesa, interessava-me mesmo muito eliminar os dois short´s uma vez que o deep stack estava a fazer um bom trabalho de pressão nesta pré-bolha, que era no fundo a bolha dada a stack dos dois shorts, para entrarmos o mais rápido possível nos prémios e aliviar o ICM na luta pelos degraus de pagamento. O mais engraçado foi que o BB, mesmo sem side-pot, decidiu ser guloso e em vez de garantir a eliminação do short preferiu tentar tirar-me da mão com o resultado que está à vista. É claro que poderia ser ele com o nut flush na mão e por isso, caso tivesse menos fichas que ele, provavelmente até largaria o trio porque tinha o ITM bem encaminhado mas aqui optei por seguir o meu instinto que o colocava em TP com FD ... eram 2 pares e foi o mm resultado.
Dar corda para se enforcar:
Comentário: Esta mão decidi colocar porque é um bom exemplo de como extrair o máximo valor do nuts. No flop, poderia ter apostado para esconder o monstro, mas achei que sem ter a mínima necessidade de proteger a mão devia deixa-lo acertar alguma coisa, ou tentar o bluff no turn ou river ... e assim foi!
Big Laydown:
Comentário: Penso que esta mão mostra muito da minha evolução no pensamento do jogo uma vez há pouco tempo atrás este torneio tinha ficado por aqui mesmo. Quando faço o raise UTG e sou "apenas" pago por dois jogadores algo tights, o BB com as odds que tinha nem conta para mim, fiquei logo atento para a possibilidade de algum deles estar a jogar para set minning. Quando acerto TPTK decido apostar meio pote por valor e/ou informação sobre a possibilidade de algum dos vilões ter acertado em cheio e recebo a 3bet, seguida da 4bet ... o pensamento imediato ... vamos lá ver quem tem o JJ na mão ...
Temos peixe para o jantar?
Comentário: O único comentário que me apraz fazer é garantir que eu tinha uma imagem tight na mesa ...
A sessão foi excelente mas mesmo assim ...
Comentário: Fica a prova que se bem que a sessão foi bem lucrativa não foi um mar de rosas ... pelo menos recebi a má notícia no Flop o que ainda nos dá duas streets de esperança ... (uma nota ... o open raise de 3,5x foi missclick ... como é lógico eu queria induzir ação e não espantar a caça)
17-01-2012 - Fold mais maluco do mês!
Comentário: Nesta jogada eu estava como chip leader e decidi raisar QTs de MP1 e levo uma tribet de um jogador que estava em tilt comigo e tinha acabado de perder contra mim num bluff ridículo … uma vez que este havia deixado para trás apenas 3,5bbs e havia a hipótese de ainda assim estar na frente do seu “range de vingança” decidi encostar todas e confiar na equidade da minha mão, senão que o impensável acontece e ele folda …
19-01-2012 – Jokerstars love spades!
Comentário: Para aqueles que gostam da teoria que ganha sempre quem tem mais fichas aqui fica mais uma prova do crime lol
22-01-2012 – Dois KK seguidos …
Comentário: A piada desta sequência de jogadas é que nas duas recebo KK … e nas duas vem pelo menos um Ás para o Flop e os 2 jogadores comigo são também os mesmos … se na 1ª fiquei parvo com o meu desacerto numa leitura que me parecia óbvia … tudo indicava que o jogador antes de mim tivesse um A forte na mão uma vez que raisa pré-flop e depois faz apenas call à minha tribet já com boas odds para ver se bate ... quando mini donka no Flop, parecia mesmo uma mini value bet, confirmei a minha teoria e coloquei-o de imediato em AQ ou até um pouco mais loose com AJ sendo que AK era menos provável por eu ter KK na mão. Afinal estavam os 2 muito atrás de mim e fui afastado da jogada por pensar muito à frente deles, ou melhor, apenas por pensar … já na 2ª jogada, embora com um deles estivesse morto, quis acreditar que voltaram a entrar na mão com um range que o meu KK esmagava e assim foi … bendita memória de curso prazo lolol
Curiosidade:Isto é o que acontece quando os dois pupilos do grande lobão participam no mesmo torneio ... fica apenas o 3º e 4º lugar para disputa :)
Contra o Filipe tive o Heads Up mais longo do mês, com mais de 40 mãos, no qual tive que me desviar um pouco do meu padrão normal de jogo uma vez que sei que ele conheçe muito bem o meu jogo ... não é que haja muito para inventar nos HU´s mas mesmo assim optei por dar uns limps em trap e acabei por ter mais sorte que ele no final!
Deixo as minhas mãos para quem tiver curiosidade e paciência ... lol
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Sunday Storm - Domingo, 11 de Dezembro de 2011
Análise:
1ª mão (KQo – MP2): Nesta que foi a 1ª mão do torneio decidi abrir KQo, de posição intermédia, pois é uma mão bastante forte e há que começar por algum lado. Recebo dois calls e o Flop trás um "A" que me coloca imediatamente em Check/Fold até ao River. Neste, com três "4" na mesa e o "A" pensei logo que se calhar até tinha valor com o "K" na mão como de resto aconteceu.
2ª mão (AKo – UTG+1): Nesta mão encontro-me na SB e com as Pot Odds que me são oferecidas, cerca de 11-1, qualquer mão é boa para completar a Small Blind e tentar acertar num bom Flop. Acerto 2 pares, que seria o mínimo para me manter na mão com Q4o e aposto 1/3 do pote para afastar os jogadores que não acertaram nada e manter apenas um ou levar logo ali o pote. Recebo dois call´s e um raise do tamanho do pote. Neste cenário o primeiro impulso que tive foi o de desistir logo da mão, pensei logo que talvez estivesse contra um set, mas não conhecendo o adversário e com uma mão que batia TPTK, com a qual ele poderia ter feito aquela aposta para a proteger dos draws da mesa decidi continuar e avaliar o turn. No turn bate uma blank, tendo em conta o Flop, e o vilão aposta meio pote o que cada vez mais me convence que ele deve ter AQ ou KQ e contínua a defender a mão. No River nada muda, não estava preocupados com Flush, e decido voltar a fazer check mas agora decidido a largar caso ele apostasse forte porque aí colocava-o mesmo em set. O vilão fas Check behind, assustado com a possibilidade de eu ter flush tendo a conta a forma passiva como joguei a mão e mostra 2 pares superiores aos meus.
Sinceramente não desgostei da forma como joguei a mão, embora também pudesse ter largado porque a jogar fora de posição ficou tudo muito complicado, mas decidindo avançar mantive o pote controlado e não perdi toda a stack com uma mão relativamente forte onde, noutros tempos, ía tudo para o meio sem pensar 2 vezes.
3ª mão (QQ - MP1): Com 20 BB´s abro 3x com a minha premium e, para meu espanto, recebo 3 calls que rebentam logo com parte da equidade da mão. O Flop não podia ter sido mais horrível, com uma over e monotone não tendo sequer na mão a dama de espadas para poder pensar no second nut flush draw. A donk bet e o call ajudaram a decidir o que já estava decidido ... easy fold.
4ª mão (T5o - BB): Mão sem história. Freeplay na BB com uma mão fraca e na board nada de especial. Só mantive esta mão porque foram tão poucas as que participei que decidi manter todas.
5ª mão (A9s - SB): Com cerca de 12bbs, decidi imediatamente que se fosse feito um raise do CO ou BU, que estavam bem deep´s, fazia o resteal com base no valor da minha mão e ainda com alguma Fold Equitity caso estivesse a roubar light. Quando recebo o call do BB, que não isolou o que mostrava ainda mais força (ou estupidez como se verificou), e shove do raiser original vi logo que estava fora do torneio. GG!
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Sunday Storm - Domingo, 13 de Novembro de 2011
Análise:
1ª mão (33 – MP1): Call para set minning, que bate, e depois foi tentar extrair o máximo que pude do SB.
2ª mão (AKo – UTG+1): O limper inicial não me interessou muito porque a "linha" limp call, por norma, não corresponde a grande mão ou ele até poderia ter feito o open limp em trap mas teria de tribetar em cima do meu raise e do flat call para evitar perder grande parte da equidade da mão ao defrontar 2 adversários. O flop é completamente seco pelo que, depois do esperado check do limper, tentei a Cbet que não passou … a partir daí o plano é Check/Fold a não ser que bata o A ou o K.
3ª mão (T4o - BB): Sem história … com o 4 no turn não senti qualquer necessidade de semi-bluffar no river, para recolher o pote, uma vez que podia estar na frente com o meu 3º par.
4ª mão (AQs - BU): Como ainda não tinha qualquer imagem do adversário e ía jogar a mão em posição optei por apenas pagar o mini-raise e não descontrolar o pot com uma mão boa mas não monstruosa. Uma vez que o vilão betou em todas as streets fui fazendo apenas call e não tentei extrair no River porque ele podia, perfeitamente, seguir esta linha de apostas com um second pair, ou até mesmo AT e tentar a trap, com check/raise no river, para extrair 2 apostas, caso eu pagasse.
5ª mão (J9o - BB): Com open ended no turm e com a possibilidade do vilão ter tb um 9 e de o stackear no caso de bater o T, paguei a aposta que acabou por inibir o Bluff no River e me entregar o pot.
6ª mão (34s - BU): Com uma mão especulativa, facílima de jogar pós-flop, com as ótimas pot odds que me ofereceram, ainda por cima em posição, fiz limp para me juntar à festa. Aproveitando a posição, a passividade dos adversários, já que foi um dos motivos para o call, e a possibilidade de melhorar a mão se é que já não estava na frente, decidi semi-bluffar no Flop e fui pago apenas por um jogador que, a meu ver, se tivesse a melhor mão naquele momento já devia ter apostado para proteger a mesma … no turn decidi não bluffar porque o vilão podia estar a deixar-me tomar a iniciativa da mão para me check/raisar e decidi ver checkar behind e eixar as decisões para o river com toda a informação na mão. Neste, o adversário não extraindo valor é porque estava definitivamente atrás, penso que ele não arriscaria novo check behind da minha parte e perder valor de um Top Pair, pelo que decidi simular uma value bet para perder o mínimo no caso de receber call ou raise, ou expulsa-lo da mão se não tivesse melhorado um qualquer draw (aposto em AT), tal como aconteceu.
7ª mão (33 - BB): As pot odds, e implied odds, para set minning eram irrecusáveis. Não acertando o plano é simples, C/F até o river.
8ª mão (KK – MP1): Com KK na mão e já com dois limpers o plano ideal é isolar um jogador na mão para não perder muita da equidade da mão … agora analisando, e já com dois limpers, acho que devia ter raisado bem mais forte mas achei os limps tão weaks que os expulsava da mão com qq raise e 4x pareceu suficiente … por outro lado também não podia exagerar na aposta porque precisava que pelo menos um viesse comigo ou perdia valor de uma mão tão boa. A minha intenção era, não batendo A no board ou 3 cartas de ouros ou paus apostar por valor até ao River … neste só não percebi o Bluff do vilão (que parecia competente) comigo a mostrar força em toda a mão e completamente comprometido com o Pot … claro que se ele tivesse acertado um set era um cooler tremendo mas não largaria, nunca, a pensar nisso.
9ª mão (QQ - SB): Um 70-30 standard.
10ª mão (88 - BU): Numa primeira fase o plano era jogar para set minning e não batendo largaria tranquilamente. Mas a board estava tão carregada de draws e achei a bet do vilão tão weak (1/4 do pot) que decidi fazer call e simular que estava em draw para o caso de um se concretizar, especialmente o flushdraw, poderia blufar no turn e levar o pot … o J de paus é a carta perfeita porque completa um possível flush ou straight. Depois do check do vilão tudo parecia conduzir para o resultado que planeara e fiz uma value bet para parecer que estava mesmo a tentar extrair valor do meu draw completo mas o vilão, que se calhar nem percebeu o que eu estava a tentar representar, pagou e deitou por terra a minhas aspirações. No River já não tive tanta coragem para mandar um segundo barril e, depois de novo check do vilão, havia ainda a hipótese de estar na frente pois poderia ter ele falhado um draw e o meu par bater um Qx qualquer… infelizmente ele tinha set porque se assim não fosse acho k teria largado o 99 no turn para a minha aposta.
11ª mão (44 – HJ): Joguei para set minning, depois do vilão com 10k entrar na mão, caso contrário largaria por ausência de implied odds. Não batendo easy fold.
12ª mão (KTs - CO): Estando em posição achei que a mão era boa para isolar o limp, que entrava na maioria dos potes e o flop foi de sonho. Uma vez que ele tomou a iniciativa de donkar, só teria de me preocupar com um possível flushdraw mas penso que nessa situação ele fazia check com 2 jogadores ainda na mão, optei por apenas fazer call para esconder o K. No turn, ao dobrar o 8, fiquei com o second nuts e o flush deixou de me preocupar daí ter feito check behind com intenção de o deixar bluffar no river. Neste, ao aparecer uma completa blank, o vilão aposta menos de meio pote e eu decidi encostar todas para verdadeiramente esconder o meu Full máximo. Se fizesse raise para, digamos, 3000 fichas ficaria com um pote de 8k e com 4500 para tras … completamente comprometido com um possível all-in do vilão por disso, na esperança que ele tivesse um 8 ou um A, decidi encostar todas e tentar representar um A high como se estivesse a roubar o pote ao invés de o ter de dividir … não resultou, mas acho que consegui uma extra bet com o check no turn. A meu ver ele tinha um par inferior ao 88 que perdeu todo o valor com a entrada no segundo 8 para a mesa.
13ª mão (28o - BB): Quando o vilão faz complete e check no flop por norma aposto 1/3 do pote, desde que esteja bem de fichas e não esteja contra um bom jogador que pode estar em trap, para tentar roubar o pote e parecer uma pequena value bet.
14ª mão (KQo - HJ): Mão de força média, em boa posição para roubar as blinds e antes, Raise e C-bet numa Board sem scary cards e depois do check do vilão. Jogada standard quando a minha imagem está limpa.
15ª mão (AQs - BB): Excelente mão para defender a minha Big Blind e impor algum respeito na mesa. O flop não ajudou, mas aos adversários aparentemente também não, e o turn dá-me 9 outs para o Nuts e mais três quadras para o second Nuts. O vilão da-me pot odds superiores a 3 para 1, mais as implied odds, pago a aposta e acerto o flush no river dando a possibilidade de straight ao vilão caso tenha um A ou 6 na mão. Fiz check, como faria se tivesse o A ou 6 e tivesse ficado com medo do possível flush, à espera da aposta do vilão para o raisar mas este, com um set de K de alguma forma apercebeu-se do que eu estava a fazer e decidiu fazer Check behind. Mas o que não entendi foi porque, já que estava com medo do meu flush e ou straight, porque não apostou mais no turn para proteger o set … acho que o meu azar foi ter saído a única carta que completava os 2 draws, em simultâneo, e não teria extraído qualquer com uma value bet. Ainda assim tive oportunidade de ver o quanto tight o jogador era (mas que infelizmente não aproveitei na 17ª mão).
16ª mão (A5s - BB): Mão especulativa boa para defender a Big Blind, e excelentes implied odds tendo em conta a stack do vilão. O flop não ajuda para fazer grandes filmes e o vilão mostra logo que não está ali para brincar, easy fold.
17ª mão (55 - SB): No limiar das implied odds para set minning daí o meu cal. Saem 3 overcards e com a Cbet do vilão easy fold. Devia ter largado a mão quer pelas implied odds não serem as melhores, afinal era o tight do set de K, e por ter 2 shorts nas blinds que podiam encostar e me obrigavam a sair da mão se o vilão pagasse.
18ª mão (AA – MP2): Mão que me deu cabo do torneio! Em middle position, com os bullets na mão, raiso 2,5x na esperança de ter alguma acção. O tight (acho que nesta altura já me tinha esquecido dele pois o jogo corria bem devagar) dá call em posição e o flop vem carregado de possibilidades de set ou duplo par para o range de cal do vilão. Daí o meu check, mas não consegui deixar de pagar a aposta que agora poderia ser por eu ter mostrado alguma fraqueza. No turn dobra o T, eu volto a checkar e o vilão dá-me pot odds mostrusosas para a mão que tinha. Esta segunda aposta tanto podia ser em trap como para me expulsar de forma barata do pot por estar a demonstrar fraqueza desde o flop. No river é que devia decididamente ter largado … porque ele no fundo foi all in … mas acho que aqui o meu cérebro já tinha entrado em tilt por perceber que os AA tinham ido à vida e não consegui deixar de pagar para ter a certeza que estava batido … na próxima vez estarei mais concentrado porque estava batido para quase todas as mãos com que me pudesse ter dado call no raise pre-flop, excepto para AK (com AQ acho que ele só apostava no flop e depois desistia), na qual depositei todas as minhas esperanças e mais de metade da minha confortável stack. Na próxima vez que ficar desconfiado de uma mão vou largar as cartas e confiar na minha leitura desde o início … afinal é para isso que serve a experiência de jogo … para ver que tinha razão a minha leitura do desenrolar da mão e travar o desastre de imediato.
19ª mão (A7o - HJ): Depois de ter sobrevivido algumas rondas, com alguns roubos bem marginais, esta mão pareceu-me um monstro para encostar as minhas 5 bb´s, tendo em conta que com a minha stack estaria a fazer este move any2 ... mas choquei contra a parede :(------------------------------------------------------------------
Sunday Storm - Domingo, 06 de Novembro de 2011
Análise:
1ª mão (AQo - SB): Depois do flop de sonho, com top pair e o melhor draw possível a minha ideia foi mostrar quanta fraqueza pudesse para extrair o máximo valor da mão. No flop aposto 1/4 do pote para representar um Flush Draw baixo ou Ax com medo dos draws da mesa ... o vilão do open limp paga! No turn, com o NUTS na mão, há que mostrar que estou realmente com medo e se calhar desisti da mão com o check/call no qual demorei uns segundos a pagar a bet para mostrar a minha relutância em continuar na mão. No River, com o Flush na mesa, pensei em fazer Check/Raise mas achei má opção por dois motivos: 1ª > o villão podia ter uma copa mediana e fazer check behind, pensando (e bem) que não ía extrair mais de pior e, nesse caso, quem não extraía mais nada era eu ... 2º > ao fazer check/raise, revelava a minha trap e apenas extraía uma bet baixa, na linha do que o vilão estava a fazer, sendo que era pouco para o valor da mão. Assim sendo achei que um all-in directo era capaz de parecer uma tentiva desesperada de ganhar a mão ao parecer estar a tentar mostrar força numa mão onde fraquejei desde a 1ª aposta no flop ... fiquei contente com a minha decisão porque com o 2nd nuts ele era mesmo capaz de dar o C/B ou apostar apenas meio pote para tentar induzir o meu call e iria largar com o meu C/R push!
2ª mão: (KTs - BB): No flop estive tentado a valorizar o meu mega draw com uma prob bet mas como a board acertava muito a range do vilão decidi deixa-lo controlar a mesma para tentar extrair valor nas streets seguintes, se acertasse o draw, e ao mesmo tempo controlar o tamanho do pot porque se o draw não se concretizasse não queria perder meia stack para um provável top pair. Fui pagando as apostas, pelas boas pot odds oferecidas e no river, como a mão não melhorou, fiquei contente por ter perdido o menos possível ...
3ª mão: (ATo - BU): Depois dos 2 limps, com a força relativa da minha mão e da minha excente posição, o meu raise tinha por 1º objectivo tirar as blinds da mão e, se possível, levar logo ali o dead money ... mesmo em posição com um ATo, contra 4 adversários, fazer limp era igual a deitar 200 fichas ao lixo. Estranhamente o 1º limper paga o meu raise, que não foi nada baixo, e mais estranho quando o 2º limper (preso entre os dois) faz tb call. Com um flop de meter medo a qualquer QQ+ ... com dois draws possíveis e set de J´s ... o check dos dois jogadores retirou-lhes da mão qq tipo de monstros pois não apostaram nem no pré-flop, nem subiram o meu raise, nem se protegeram do flop. Por este motivo achei um bom spot para dar a C/bet por bluff e por informação pois se alguém pagasse ou encostasse todas a decisão tb era fácil, travões e fundo!
4ª mão: (AQo - CO): Standard e sem história!
5ª mão: (KQo - BB): A mão do torneio porque ou ficava com 20bbs ou subia para perto das 80 e ficava a dominar a mesa. A forma como joguei a mão baseou-se no facto do vilão ter 70% de steal em 7 oportunidades, sendo que roubou da SB 3 vezes em 3 oportunidades. Sendo ele um bom jogador (verifiquei no sharkscope) quando faço resteal e ele encosta todas retirei-lhe um monstro da mão porque, a meu ver, nesse caso ele faria apenas call para não me expulsar logo da mão e tentar extrair mais valor nas streets seguintes ... se em vez do push ele tivesse feito mini-raise, aí para metade da stack, era insta fold da minha parte! Tendo em conta a situação não fiquei de todo descontente em ver um 40%-60%, tendo em conta o tamanho do field do torneio tenho mesmo de me encher de fichas, e acho que ele devia/podia ter foldado ao meu resteal, com A9o, dada a minha passividade nos 3 roubos directos anteriores, mas ok, a variância não ajudou desta vez!
Mãos 6, 7 e 8: Aproveitei os spots, tendo em conta a posição e força das mãos que recebi, para tentar sobreviver e, caso a variância se tivesse mantido do lado certo na mão nr. 8, estaria de volta ao torneio.